Crescem as críticas dentro da Assembleia Nacional contra o poderoso secretário-geral daquela instituição, Pedro de Neri, acusado de dominar, como poucos, a arte de movimentar milhões do erário.
De acordo com informações apuradas pela imprensa privada, múltiplas denúncias apontam Pedro Agostinho de Neri como peça-chave em esquemas de subfacturação e desvio de verbas, operados através de empresas escolhidas sem concurso público, muitas delas alegadamente ligadas a si próprio. As denúncias apontam para alegadas irregularidades em processos que vão desde a seleção de empresas para fornecimento de bens e serviços, aquisição e manutenção viaturas, compra de materiais, até à contratação de seguros.
No centro da polémica está Pedro Agostinho de Neri, Secretário-Geral da Assembleia Nacional, desde 2008, identificado como principal articulador do esquema.
Se não for controlado, o Pedro de Nery vai enfartar de tanto engolir o dinheiro da Assembleia Nacional Fontes internas revelam que Neri controla um verdadeiro império administrativo, com contratos milionários adjudicados de forma opaca e uma rede de influência que o mantém blindado de qualquer tentativa de investigação.
A polémica ganhou novo fôlego quando, num encontro privado, Pedro de Neri terá declarado, em tom de desafio, que “só deixará o cargo depois das eleições”.
Para analistas políticos, o caso aprofunda preocupações sobre a promiscuidade entre poder institucional e negócios públicos, levantando sérias questões sobre transparência e escrutinio interno numa das mais importantes instituições do Estado.
A imprensa privada tentou obter um comentário junto do gabinete do secretário- geral da Assembleia Nacional, mas até a fecho desta edição não houve qualquer resposta.
