A vice-presidente do MPLA, Mara Quiosa, destacou a importância e o impacto do Complexo Desportivo “José Armando Sayovo” para o processo de inclusão social e do fortalecimento do desporto ao nível nacional.

A número dois do partido dos “Camaradas” disse que a referida infra-estrutura, inaugurada no sábado pelo Presidente da República, João Lourenço, constitui um grande ganho para a população do Bengo, onde se encontra, e de todo o país, de forma geral.

Mara Quiosa, que marcou presença na cerimónia de inauguração daquele equipamento desportivo, realçou que o mesmo oferece condições para a prática desportiva com mais dignidade e orgulho.

“É, na verdade, um projecto concebido pela causa da inclusão no desporto, que abre um novo paradigma e prova que o desporto não é privilégio de alguns, mas um direito de todos”, ressaltou a vice-presidente do MPLA, em declarações ao Jornal EME.

Mara Quiosa apelou à população local a conservar o equipamento, sublinhando que se trata de um “bem precioso” para todos os angolanos. “Precisamos cuidar dele para garantir que continue a servir às futuras gerações”, ressaltou a vice-presidente do MPLA, para quem o Complexo constitui uma justa homenagem a José Armando Sayovo, vencedor de três medalhas de ouro em 2004 nos Paralimpicos de Atenas e recordista mundial nas modalidades de 100, 200 e 400 metros.

O Complexo Desportivo Paralímpico José Armando Sayovo foi classificado por especialistas como uma das dez melhores infra-estruturas desportivas de África, tanto pela sua capacidade quanto pelas condições de inclusão que oferece aos atletas com deficiência.

O presidente do Comité Olímpico Angolano, Pedro Godinho, disse tratar-se de uma conquista que “representa dois em um”, a descentralização das infra-estruturas desportivas, ao levar um centro de alto rendimento para fora dos grandes centros urbanos e o reforço da política de integração social através do desporto.

“Falamos de um Centro de Alto Rendimento que pode ser utilizado para várias competições. Está catalogado e poderá ser estreado, oficialmente, durante os Jogos Africanos da Juventude, em Dezembro. É uma estratégia inteligente do Executivo, que visa reduzir o défice entre a população e as infra-estruturas desportivas existentes”, sublinhou.

Pedro Godinho salientou que o Complexo, dotado de 250 camas, instalações para modalidades indoor e outdoor, piscina olímpica e unidade de reabilitação moderna, “garante condições ideais para o surgimento de novos campeões do mundo”.

“Se Sayovo foi formado numa pista de terra batida, no Olimpo África, imaginem o que será possível agora! Vamos produzir muitos mais Sayovos”, assegurou.

“Assim que o centro for entregue, entra uma equipa para formação em utilização e manutenção dos equipamentos. Além disso, há uma estratégia de parcerias com confederações africanas para sediar competições e gerar receitas, garantindo a auto-suficiência da infra-estrutura”, explicou.

O secretário-geral do Comité Paralímpico Angolano, António da Luz, não escondeu a emoção diante da concretização do projecto. “Depois de tantos anos de sonho, finalmente conseguimos.

O centro está totalmente adaptado para atletas com deficiência, o que facilitará o nosso trabalho e vai melhorar as nossas marcas ao nível internacional”, disse, visivelmente satisfeito.

António da Luz lembrou que, antes da inauguração do centro, Angola já conquistou medalhas internacionais. “Com esta pista, as nossas responsabilidades aumentam”, declarou.

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