A diplomata angolana Fátima Jardim poderá ser a próxima secretária executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em substituição de Zacarias da Costa, de Timor-Leste, cujo segundo e último mandato termina no próximo mês de Julho.
O nome da ex-ministra do Ambiente e das Pescas, que está a ser proposto por Angola, deverá ser aprovado na próxima Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, a decorrer a 18 de Julho, na Guiné-Bissau.
Fátima Jardim, que já desempenhou a função de embaixadora de Angola na Itália, foi proposta para o cargo na semana passada, através de uma carta enviada pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, aos homólogos da CPLP.
Fátima Jardim, licenciada em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, foi vice-presidente do Conselho da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em representação de África, cargo que ocupou em 2021.
A diplomata angolana foi, igualmente, directora do Instituto Nacional de Investigação Pesqueira e Marinha, no Lobito, tendo, depois, assumido as funções de directora do Instituto Nacional de Investigação Pesqueira, em Luanda. Além de ministra das Pescas, entre 1992 e 1996, no Governo de Unidade e Reconciliação Nacional (GURN), foi ministra das Pescas e Ambiente, de 1996 a 2002, e, de 2008 a 2015, ministra do Ambiente.
Em 2015, foi enviada para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, COP21, representando Angola e os países menos desenvolvidos nas negociações que levaram ao Acordo de Paris. De 2003 a 2008, Fátima Jardim foi deputada à Assembleia Nacional.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa é uma organização internacional que reúne países que compartilham a língua portuguesa como língua oficial ou língua de comunicação. Foi criada a 17 de Julho de 1996, em Lisboa.
A organização reúne nove países, nomeadamente Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Guiné Equatorial.
O secretário executivo é eleito para um mandato de dois anos, mediante candidatura apresentada rotativamente pelos Estados-membros, por ordem alfabética crescente.