O país celebra hoje o 33.º aniversário da assinatura dos Acordos de Paz de Bicesse, data que marcou consideravelmente a vida política angolana.
POR: A JUSTIÇA
Os acordos foram assinados a 31 de Maio de 1991, no Estoril, Portugal, pelo então Presidente da República, José Eduardo dos Santos, e o ex-líder da UNITA, Jonas Savimbi, na presença de representantes de países da Troika de Observadores, designadamente Portugal, Rússia e EUA.
Para o deputado do MPLA, João Mpilamosi Domingos o 31 de Maio representa um facto marcante e de grande significado para o país, porque foi através dos Acordos, que se começou a tratar do fim dos conflitos no país.
“Foi nesta data em que tudo começou, e hoje, o que se vive é fruto deste Acordo. Os angolanos, hoje, vivem em paz e numa fase de desenvolvimento, económico e social. O Parlamento, como a Casa das Leis, tem feito o seu papel neste processo, no sentido de contribuir e salvaguardar os interesses dos angolanos”, afirmou.
Na opinião de David Kisadila, deputado da UNITA, a data é de grande importância para a vida e história dos angolanos, porque foi a partir dos Acordos de Bicesse que o país começou a construir tudo e chegar ao alcance da paz.
“Devemos reconhecer os esforços de todos os angolanos envolvidos no processo, porque os ganhos alcançados até hoje são sentidos por todos”, disse.
“Digamos que a data representou o sinal de que os angolanos tinham tudo para acabar com o conflito e que havia essa vontade de se acabar com a guerra”, referiu.
Com os Acordos de Bicesse, recorde-se, tinham ficado para trás 16 anos de confronto militar e desentendimentos entre o Governo e o então movimento rebelde.
Na cerimónia de assinatura dos Acordos, o Presidente José Eduardo dos Santos enfatizou a importância do acto para o futuro de Angola, destacando a busca pela paz e reconciliação nacional após anos do devastador conflito.
Por sua vez, o líder da UNITA, Jonas Savimbi, também destacou os Acordos como um marco significativo em direcção à paz e à reconciliação nacional em Angola.