A NNN beneficiou de uma verba de 500 milhões de kwanzas para a construção do Hospital Regional de Mavinga, apesar do pagamento apenas o caboco foi feito e a obra foi abandonada. A 2 de Fevereiro e a 6 de Março de 2014, o governo provincial, então liderado por Higino Carneiro, pagou um total de 165 milhões de kwanzas à NNN, destinados à “primeira fase” de construção de 15 casas sociais, na sede de Mavinga, parte de um total de 200 habitações. Estas nunca foram feitas.
POR: A JUSTIÇA
A construção de uma pista com aeródromo, no município de Mavinga, é uma das obras não realizadas, mas pela qual recebeu pagamentos. De 12 de Fevereiro a 27 de Julho de 2015, o governo do Higino Carneiro efectuou seis pagamentos no valor total de 188,3 milhões de kwanzas à empresa de Nuno Lá Vieter.
A 2 de Fevereiro de 2016 o governo provincial do Kuando-Kubango, já sob chefia de Pedro Mutindi, pagou um total de 71,1 milhões de kwanzas à NNN, destinados ao “Estudo e Construção da Administração Municipal de Mavinga”. A Administração nunca foi feita.
No mesmo dia, a 2 de Fevereiro de 2016, a NNN recebeu mais um pagamento de 9,4 milhões de kwanzas, para a construção de uma escola de artes e ofícios em Mavinga. A escola nunca foi construída.
PAGAMENTOS REFERENTES AO MUNICÍPIO DO DIRICO
A NNN recebeu cerca de 296,2 milhões de Kwanzas para a construção do Hospital Municipal do Dirico. Somente fez os alicerces e a obra foi abandonada. O valor total da empreitada era de 350 milhões de Kwanzas.
PAGAMENTOS REFERENTES AO MUNICÍPIO DO RIVUNGO
A 2 de Fevereiro de 2016, a NNN recebeu dois pagamentos, totalizando a quantia de 35 milhões de kwanzas para a construção do Hospital Municipal do Rivungo, mas a obra nunca foi feita.
A REDE FRIGORÍFICA DO KUANDO KUBANGO
O maior escândalo foi da rede frigorífica do KuandoKubango que ocorreu entre 2013 e 2014. Foi uma dotação orçamental do executivo para a província do KuandoKubango na ordem dos 800 milhões de Kwanzas, cujo objetivo era dotar a província de condições técnicas para o armazenamento e conservação de produtos agrícolas produzidos localmente a fim de serem escoados para as outras províncias.
A rede frigorífica deveria impulsionar o desenvolvimento agrícola da província, mas isto jamais interessava a Higino Carneiro. Porém, estes valores foram usados de forma indevida sem contrato algum, mas que segundo a nossa fonte, para justificar os gastos pintaram-se lancis, muros de igrejas, reparação do largo Agostinho Neto, tratamento de jardins e outros afins com registo de gastos astronómicos.
Segundo dados em nossa posse foram efectuados vários pagamentos sem contratos no valor de mais de 120 milhões de Kwanzas de 16 de Janeiro à 5 de Agosto de 2013.