Quarenta processos-crimes, envolvendo maioritariamente políticos e gestores públicos suspeitos de praticar actos de corrupção, peculato e branqueamento de capitais, estão a ser investigados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), na província do Bié.

POR: A JUSTIÇA

O subprocurador-geral da República titular no Bié, Jaime Inácio Prata, disse ao Jornal de Angola, à margem das jornadas do Dia Internacional contra a Corrupção, que na maioria dos processos estão envolvidos funcionários públicos de alto escalão, afectos às Administrações Municipais, cujos crimes são investigados desde 2021 e que, a qualquer momento, podem passar para a alçada dos tribunais.

Jaime Inácio Prata acrescentou que dos 40 processos em posse, na sede da PGR no Bié, quatro já foram julgados em primeira instância, 25 estão em instrução preparatória, seis introduzidos em juízo e sete ainda sob inquérito dos órgãos de instrução do Ministério Público.

“Os processos ligados à corrupção envolvem gestores públicos e pessoas que trabalham directamente com estes mesmos gestores, em todos os municípios da província do Bié”, disse o subprocurador titular da PGR no Bié

Sobre a falta de divulgação pública dos processos de corrupção promovidos pela PGR no Bié, Jaime Inácio Prata explicou que a maior parte dos casos em investigação se encontra ainda em segredo de Justiça, por muitos dos processos resultarem de denúncias anónimas, que carecem de investigação mais detalhada e apurada, para que se alcance a verdade dos factos.

O magistrado público adiantou que todos os crimes, com realce para processos ligados ao fenómeno da corrupção, têm merecido tratamento, com os tribunais a responsabilizarem criminalmente os autores.

Jaime Inácio Prata referiu que a Procuradoria-Geral da República no Bié tem feito um “grande trabalho de sensibilização junto das populações”, alertando-as sobre a necessidade de pautarem pela cultura da denúncia de casos fora do seu conhecimento, para que a corrupção e outras práticas nocivas sejam banidas da sociedade angolana.

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