O secretário-geral da UNITA, Álvaro Chikwamanga Daniel, exortou, sábado, em Luanda, a Direcção da Liga das Mulheres Angolanas (LIMA) no sentido de preparar os seus membros para as eleições autárquicas, visando uma maior representação feminina daquele partido nos lugares de decisão pública.
Álvaro Chikwamanga Daniel fez este apelo quando discursava no acto central das comemorações do 51º aniversário da LIMA, assinalado no dia 18 do mês em curso, decorrido no complexo Sovismo, no município de Viana. O secretário-geral da UNITA disse que o seu partido espera que haja uma maior adesão das mulheres no processo de preparação e candidatura às eleições autárquicas. Por isso, pediu mais engajamento e trabalho da direcção do braço feminino do maior partido da oposição junto das bases, sobretudo nas comunidades.
“Quem tem as mulheres mobilizadas tem 50 por cento de oportunidades de vencer os desafios, por serem a maioria”, disse. Álvaro Chikwamanga Daniel referiu que o seu partido pretende uma liderança feminina que faz a diferença e imprime dinâmica, acrescenta valor, e capaz de operar mudanças que sejam benéficas para todos.
Segundo o secretário-geral da UNITA, com as mulheres a assumirem poderes de decisão, espera-se mais responsabilidade e rigor na estabilização política do partido, através do controlo efectivo, recrutamento e enquadramento dos seus membros. Por sua vez, a presidente da LIMA revelou que há ainda desigualdades entre homens e mulheres, facto que retira a autonomia às mulheres com cargos de destaque e as impede de tomar decisões.
Para que se ultrapasse esse desiderato, defendeu Helena Bonguela Abel, é necessário que haja maior envolvimento dos representantes do poder político por formas que sejam criados incentivos e instrumentos que proporcionem às mulheres as mesmas oportunidades que os homens.
“Só assim se poderá chegar ao nível de um empoderamento que alcance as expectativas das mulheres e das suas famílias, com impacto no ambiente salutar no partido e desenvolvimento sustentável”, disse.
Embora reconheça alguns esforços empreendidos pela direcção da UNITA para a valorização das mulheres para equilíbrio do género, Helena Bonguela Abel fez saber que os ganhos do empoderamento feminino no partido são ainda tímidos. Afirmou que as mulheres da UNITA estão prontas para dar o seu contributo, pelo que sugere o aumento da promoção de acções de formação e capacitação política e profissional.
Criada a 18 de Junho de 1972, na localidade de Masivi, na província do Moxico, a LIMA teve como primeira presidente Isalina Kaunda Kawina.