O Governo Provincial do KuandoKubango, através de uma reunião informal e anormal, datada de 25 de Abril de 2022 (em que se furtou inclusive a lavrar uma acta), decidiu e informou que, fará a entrega das obras para a conclusão do Hospital Sanatório de Menongue a NNN Engenharia e Construção LDA, empresaesta, que deu início a sua construção, mas que acabou por abandonar o trabalho de construção com a saída de Higino Carneiro como Governador daquela província.

POR: A JUSTIÇA

De acordo com uma denúncia de fonte oficial activista cívico e docente, Geraldo Dala, na altura, antes da sua retirada, a Não fez o inventário de todas as obras sob sua responsabilidade, reclamou o pagamento de custos adicionais e remeteu-se à dívida pública que veio a ser paga posteriormente.

Outrossim, acrescenta, a NNN anunciou também ao GEP o abandono de todas as obras no KuandoKubango, com maior realce para o Hospital Sanatório de Menongue, facto este que foi supervisionado por Félix Licumbi na data dos factos como chefe do Departamento de Estudos e Projectos e Gabriel Cassanga como chefe do Departamento de Programação Financeira.

Assim sendo, depois de todos os procedimentos, sob orientação da directora do GEP Bernardeth Guimarães Teixeira D’Alva, deu-se concluído o processo de encerramento de empreitadas sob tutela da mesma empresa naquela parcela do território angolano, que a seu próprio pedido desistiu das obras, deixando muitas delas inacabadas e outras tão pouco haviam sido iniciadas. O activista referencia que a NNN é uma empresa que pertence a Nuno Miguel de Sousa Lá Vieter, genro de Higino Carneiro e no consulado deste, beneficiou de várias empreitadas sem concurso público e de bilhões de Kwanzas.

“A NNN está envolvida em vários escândalos de corrupção e abandono de obras na província do KuandoKubango. Muitos deles foram amplamente divulgados e denunciados no site Maka Angola pelo activista e jornalista angolano Rafael Marques tal como abaixo discriminamos de forma sintética”, denunciou.

A NNN, adiantou ainda, recebeu vários pagamentos milionários para realizar empreitadas, mas a maior parte nunca saiu do papel essencialmente no sector da saúde.

A título de exemplo, aponta, em 2015 a NNN beneficiou de uma verba de 500 milhões de kwanzas para a construção do Hospital Regional de Mavinga, apesar do pagamento apenas o caboco foi feito e a obra foi abandonada. Igualmente, nunca saíram do papel mesmo tendo recebido pagamentos as 15 casas sociais de Mavinga, a pista com aeródromo e a Escola de Artes e Ofícios de Mavinga.

Segundo o activista, o município do Dirico também foi vítima da NNN, pois a mesma recebeu cerca de 296 milhões de Kwanzas para a construção do Hospital Municipal do Dirico. Somente fez os alicerces e a obra foi abandonada. O valor total da empreitada era de 350 milhões de Kwanzas.

“O município do Rivungo também não foi poupado deste saque. A NNN recebeu um pagamento inicial de 35 milhões de Kwanzas para a construção do Hospital Municipal com capacidade de 30 camas e a obra nunca saiu do papel nem das intenções”, denunciou também.

No que concerne ao Hospital Sanatório de Menongue, diz que o cenário é semelhante, pois, a mesma empresa recebeu dezenas de milhares de Kwanzas desde 2013 a 2015 e, apenas ergueu as paredes e abandonou de seguida as obras.

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