A esposa do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, disse, domingo, em Luanda, que “é preciso que os angolanos recordem mais dos ensinamentos e legado deixado por Manguxi”.

POR: A JUSTIÇA

Maria Eugénia Neto, que falava no final do acto de celebração da data de nascimento do antigo Presidente de Angola e Dia do Herói Nacional, referiu que “os cidadãos se lembram pouco de Agostinho Neto”, pelo que “é necessário que se faça mais em relação às memórias dele”.

Para o efeito, segundo a escritora, o partido MPLA, assim como o Governo, devem instruir cada vez mais as pessoas para que, com os ensinamentos sobre o percurso de vida e obra do primeiro Presidente, entendam “de quem se trata e o que fez no sentido de se agarrarem a ele para toda a vida”.

“O partido ou Estado deve ensinar quem foi António Agostinho Neto às novas gerações. É imprescindível que se faça mais”, aconselhou Maria Eugénia Neto.

Feitos devem ser mais difundidos

Os feitos do líder fundador da nação, Agostinho Neto, devem ser, cada vez mais, difundidos nas actuais e futuras gerações, como forma de homenagear o legado político, nacionalista e humanista, defendeu, ontem, em Luanda, o ministro do Interior, Eugénio Laborinho.

Eugénio Laborinho, em declarações à imprensa, após ter presenciado o acto de içar da Bandeira Monumento, no Museu Nacional de História Militar, em celebração do Dia do Herói Nacional, assinalado ontem, disse que os que conheceram e conviveram com o primeiro Presidente de Angola são obrigados a transmitirem os feitos de Neto à geração actual.

O compromisso de perpetuar a dimensão política, nacionalista e humanista de Agostinho Neto, que completaria 101 anos de vida, referiu Eugénio Laborinho, é uma forma de homenagear, dignificar e de construir uma nação assente nos valores da liberdade e da coesão nacional.

A presença de entidades do Poder Executivo no Museu Nacional de História Militar para o içar da Bandeira Monumento, frisou o ministro do Interior, manifesta a vontade dos “mais velhos” em continuar com os ensinamentos deixados pelo líder fundador da nação.

“Conheci o Presidente Agostinho Neto. Muitos morreram e tantos outros vivem, mas a obrigação de ensinar o legado de Neto vai permanecer para sempre”, afirmou o ministro do Interior, no acto alusivo ao Dia do Herói Nacional.

Ideias continuam vivas

O vice-governador para o Sector Político e Social, Manuel Gonçalves, que participou das celebrações do Dia do Herói Nacional, sublinhou que as palavras de Agostinho Neto continuam bem vivas na memória e, igualmente, actuais em várias situações que o país vive, tanto do ponto de vista de desenvolvimento económico e financeiro quanto político.

“Hoje o país, independentemente das circunstâncias em que estivermos a viver, acaba sempre dando seguimento aquilo que são os ensinamentos de Neto. Aliás, grande parte daquilo que foram os discursos e os seus dizeres continuam patente e, deste modo, essa continuidade foi feita, não só internamente, mas também a nível externo, em particular no continente Africano”, lembrou Manuel Gonçalves.

Agostinho Neto, acrescentou o governante, trouxe o sentimento de amor à pátria, o sentimento de olhar para o outro com o pensamento de que se é um só povo e uma só nação. “O antigo Presidente trouxe para a nossa juventude aquele espírito de irmandade, aquele espírito de Independência e de liberdade”, reiterou Manuel Gonçalves.

“A revolução tem que continuar. Demonstra claramente que a revolução continuou com a liderança do então Presidente José Eduardo dos Santos e agora com o Presidente João Lourenço, e naturalmente todo o desenvolvimento que Angola sempre almejou e, sobretudo, o espírito de liberdade e de Independência que continua bem presente nos ideais de Neto”, reforçou o vice-governador de Luanda.

Figura presente no Cunene

A governadora do Cunene, Gerdina   Didalelwa, disse que António Agostinho Neto era dotado de elevadas qualidades de dirigente, um líder reconhecido internacionalmente, estadista, poeta, combatente, que contribuiu para a erradicação do analfabetismo no país.

A governante referiu que o exemplo foi caracterizado por uma integridade ímpar permanente, preocupado com o bem-estar dos angolanos e continua a inspirar todos na luta contra a fome e à pobreza, impunidade, desemprego e outros males que enfermam a sociedade.

Ao falar por ocasião do Dia do Herói Nacional, consagrado para homenagear António Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola e fundador da Nação, realçou que a data se comemora numa altura em que o Cunene regista mudanças positivas para a vida das populações, com a construção de canais adutores e barragens hídricas para o desenvolvimento e estratégias de combate à seca que a província vive nos últimos anos.

Didalelwa lembrou a construção de residências para professores e enfermeiros do meio rural, as obras em fase final do Hospital Geral de Ondjiva e da centralidade, já habitada, fazendo jus a máxima do Herói Nacional, segundo a qual “o mais importante é resolver os problemas do povo”.

Benguelenses ressaltam histórico do ex-estadista

Os habitantes da cidade de Benguela, em representação da população da província, renderam, ontem, homenagem ao fundador da Nação, o Presidente António Agostinho Neto.

A homenagem foi encabeçada pelo governador provincial de Benguela, Luís Nunes, ao ser o primeiro a depositar uma coroa de flores no túmulo de um soldado desconhecido, acto feito, também, pelos vice-governadores, no cemitério da Camunda, arredores da cidade das Acácias Rubras.

Participaram, também, da homenagem, membros do Governo Provincial, deputados à Assembleia Nacional, representantes de partidos políticos com assento parlamentar, autoridades tradicionais, religiosos e outras entidades.

O governador Luís Nunes destacou a figura de António Agostinho Neto, fundador da Nação e poeta maior, considerando que a sua dimensão constitui por si só a história de Angola, na perspectiva da paz, crescimento, desenvolvimento e bem-estar das populações.

Na província de Benguela várias actividades culturais, desportivas e filantrópicas decorrem no cumprimento do programa dos 101 anos de Agostinho Neto, celebrados ontem, 17 de Setembro.


Inclusão no processo de ensino e aprendizagem

Académicos defenderam, sexta-feira, a necessidade da inclusão no processo de ensino e aprendizagem o legado de Agostinho Neto, durante uma palestra realizada pelo MPLA, em Caxito, na província do Bengo.

Sobre o lema “Vida e Obra de António Agostinho Neto e o papel de vanguarda do MPLA, enquanto movimento de libertação de Angola”, os participantes disseram que a inserção destas instruções no processo de ensino vai permitir que as futuras gerações tomem contacto profundo sobre o primeiro Presidente de Angola.

O professor António Bandeira considerou Neto uma figura académica e, no âmbito das políticas traçadas a nível da Educação, seria benéfico que se implementassem as acções em todos os quadrantes, enquanto o docente universitário Manuel João qualificou-o como “um visionário, um estadista ajudou na estabilidade social dos angolanos”.

O estudante Lopes de Oliveira disse que o colóquio foi mais uma aula sobre a vida e obra do político, poeta, médico e primeiro Presidente de Angola, que lutou contra o regime colonial para o bem-estar dos angolanos.

Por sua vez, o secretário do Conselho Provincial da Juventude no Bengo, Sabino Rodrigues, afirmou que a vida e obra de Neto não devem ser recordados apenas em Setembro de cada ano, pelo contrário deve ser lembrado em todos os momentos.

Ao dissertar sobre “Vida e Obra de António Agostinho Neto e o papel de vanguarda do MPLA, enquanto movimento de libertação de Angola”, o professor de História Adão Cristóvão Neto destacou o percurso político, social e cultural do fundador da Nação. Na abertura, a primeira secretária provincial do MPLA do Bengo, Maria Antónia Nelumba, disse que o colóquio visou promover um debate sobre a importância do 17 de Setembro para Angola, a juventude, em particular, e transmitir o legado da trajectória histórica do Presidente Agostinho Neto.

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