A vice-presidente do MPLA, Mara Quiosa, incentivou, terça-feira, em Luanda, as mulheres da África Austral a reforçarem o empoderamento feminino como ferramenta essencial para o desenvolvimento dos seus países.

Durante a abertura da 5ª Reunião Regional da África Austral da Organização Pan-Africana das Mulheres (OPM), destacou a importância da promoção de redes de apoio, do acesso à saúde reprodutiva, de políticas públicas de igualdade de género e da criminalização da violência baseada no género.

Mara Quiosa sublinhou que em Angola o Governo tem implementado programas para fortalecer o papel da mulher em diversos sectores, investindo no empreendedorismo feminino, no acesso à educação e no combate à violência. “A Política Nacional para a Igualdade e Equidade de Género, sob a liderança do Presidente João Lourenço, tem sido fundamental para ampliar a participação das mulheres na vida política e económica do país”, afirmou.

A dirigente partidária realçou ainda que Angola tem sido exemplo na inclusão feminina na política, figurando entre os cinco países africanos com maior representação parlamentar feminina e ocupando a 11ª posição global nesse quesito. Segundo a vice-presidente do MPLA, apostar no empoderamento das mulheres significa construir economias mais fortes e sociedades mais justas e estáveis.

Ao dirigir-se a representantes das organizações femininas de países como Namíbia, Moçambique, Zimbabwe e Eswatini, Mara Quiosa destacou que ,em 2022, Angola ficou entre os cinco países africanos com maior representação parlamentar feminina, e que de acordo com dados da União Interparlamentar, após as renovações de mandatos no mesmo ano, o país ocupa a 11ª posição global em termos de presença feminina no Parlamento, ficando acima de países como os EUA, Brasil, Itália e Hungria.

Em África, acrescentou que apenas o Senegal, com 44,2 por cento de mulheres no Parlamento, está à frente de Angola, com 38 por cento. 

Sobre o lema da reunião “Empoderamento das Mulheres e a sua Contribuição para a Plena Realização da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, Mara Quiosa disse que é de capital importância para as mulheres, na medida em que o empoderamento visa, entre outros, conceder poder individual e social às mulheres, para que possam, desta forma, estar cientes dos seus deveres e direitos.

Olhando para o empoderamento como ferramenta que torna as mulheres capazes de superar dificuldades, Mara Quiosa apelou às presentes a continuarem a desafiar estereótipos, a conquistar o seu espaço e afirmar a sua competência através da formação, em que a educação deve ser a sua maior arma.

A dirigente política acredita que quanto mais conhecimento as mulheres tiverem e investirem no crescimento pessoal e profissional, mais fortes se tornam e, concomitantemente, vão contribuir melhor para o desenvolvimento dos seus países.

Por outro lado, incentivou um apoio mútuo para garantir que “nenhuma mulher seja deixada para trás”, apelando às famílias a educarem os filhos e filhas com os mesmos direitos e oportunidades, e as empresas promoverem ambientes de trabalho igualitários para assegurar salários justos e oportunidades de crescimento para as mulheres em todas as áreas.

Mara Quiosa pensa que “se cada mulher africana acreditar no seu potencial, desafiar os seus limites e conquistar o seu espaço, o seu papel vai muito além das fronteiras do lar, destacando o seu papel como gestoras, empreendedoras, líderes, cientistas, professoras, médicas, agricultoras, artistas e muito mais

Na reunião, a secretária regional da OPM para África Austral, Luzia Inglês, prestou homenagem ao fundador da Namíbia, Sam Nujoma, falecido no último dia 8, enquanto representantes de vários países partilharam os avanços e desafios da participação feminina nos seus respectivos Estados. Moçambique, por exemplo, atingiu a paridade de género no Governo em 2023, conforme destacou a representante Páscoa Buque.

A secretária-geral da Organização da Mulher Angolana (OMA), Joana Tomás, apresentou dados sobre a presença feminina no Executivo angolano, no qual as mulheres ocupam 25 por cento dos cargos de ministros de Estado, 43,5 por cento das pastas ministeriais e 22,9 por cento das Secretarias de Estado.

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