Angola solicitou, em Genebra, na Suíça, o apoio do Gabinete do Alto Comissariado no quadro das atribuições do Conselho dos Direitos Humanos (CDH) das Nações Unidas para um maior envolvimento da representação da ONU no país.
De acordo com uma nota, enviada ao JA Online, o pedido foi solicitado durante uma reunião que Angola manteve à margem da 48.ª da Revisão Periódica Universal (RPU) com a Alta Comissária Adjunta para os Direitos Humanos das Nações Unidas, Nada Al-Nashif, tendo ficado patente que o posicionamento do país para com o CDH é de total abertura.
“Estamos completamente abertos para avaliação que possam fazer. Angola está aberta ao mundo, é um país que não tem nada a esconder, o Conselho dos Direitos Humanos e quem quer que seja pode lá ir fazer o seu trabalho”, especificou o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Marcy Lopes, que chefiou a delegação nacional, no encontro da última quinta-feira.
Por sua vez, a Alta Comissária Adjunta para os Direitos Humanos considerou ser crucial que Angola amplie a visão e incorpore na actuação os melhores procedimentos já sugeridos aquando da visita ao país, no ano passado, de peritos no quadro dos procedimentos especiais do Conselho.
A diplomata ao serviço da ONU reconheceu, ainda, que os vários compromissos abraçados por Angola durante a comemoração dos 75 anos da Declaração dos DH, bem como as diversas campanhas de sensibilização que tem levado a cabo, mostram que está no bom caminho, porém o Governo angolano deve continuar a equacionar esforços para adoptar o melhor modelo nacional dos DH, dos vários existentes.
Por fim, a secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça, que aproveitou a ocasião para reforçar a ideia do Chefe da delegação angolana disse também ser crucial que Angola receba contribuições financeiras de outros países para poder assegurar a manutenção dos mais de 52 mil refugiados de diferentes nacionalidades, incluindo daquelas referentes ao alcance da paz, em toda a região dos Grandes Lagos, refere o documento.