Empresa deixa Estado angolano a “ver navios” após “engolir”350 milhões de dólares.

No município do Tchitato, Lunda Norte, a situação é desesperante. A obra para estancar a ravina no bairro Camakenzo 2, iniciada há quase cinco anos e custando aos cofres do Estado angolano cerca de 350 milhões de dólares, encontra-se num estado de total abandono. A empreiteira responsável, OMATAPALO, largou a obra pelo caminho e agora a responsabilidade passou para a empresa 7 Cunhas. Esta denúncia foi enviada ao portal O Ladrão por um dos munícipes locais, que se mostrou indignado com a situação.

Fontes do mesmo portal revelaram que este não é um caso isolado. Várias obras da OMATAPALO estão paradas por todo o país. Entre elas, a instalação de separadores de betão e malha de ferro na Estrada de Catete, que liga o Mercado dos Congolenses ao município de Ikolo e Bengo, e as obras da Avenida Fidel de Castro, conhecida como Via Expressa, que incluem sinalização e iluminação. Após uma tentativa de acelerar os trabalhos antes da inauguração do aeroporto Dr. António Agostinho Neto pelo Presidente João Lourenço, tudo voltou a paralisar.

A revolta entre a população é palpável. “Enquanto o MPLA estiver no poder, este país nunca vai melhorar. Falam muito, mas ninguém faz nada,” desabafou um cidadão, refletindo o sentimento de muitos angolanos frustrados com a gestão pública.

A desconfiança e insatisfação crescem à medida que obras essenciais são deixadas incompletas, e os recursos financeiros do país continuam a ser mal geridos. A denúncia feita ao portal O Ladrão lança luz sobre um problema crónico em Angola, onde a falta de fiscalização e transparência permite que situações como estas se perpetuem.

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