Quais são os elos que unem o enclave de Cabinda a Angola?

As ligações actuais de Cabinda com Angola são principalmente… petrolíferas.

O território e a sua costa são uma verdadeira esponja de petróleo: a questão cabindense não provém do petróleo – como vemos escrito com demasiada frequência – mas é óbvio que o facto de o território estar repleto desta riqueza da qual a população beneficia em nada , agrava o descontentamento e promove a manipulação em todas as direcções por parte dos países da região e dos mais diversos serviços secretos…

Existem ligações com Angola, mas a nível humano, sem dúvida mais com os dois Congos. Na verdade, Cabinda não tem fronteira comum com Angola, enquanto a sua fronteira oriental é contígua ao Congo Democrático, e a fronteira norte, ao Congo. Quando os Cabindas procuram fugir do seu território, passam pelos dois Congos francófonos e, muitas vezes, chegam a França através de redes organizadas a partir destes países.

É o que acabámos de observar

À medida que a economia de Cabinda se diversifica para além de petróleo e gás, o empresario Minouro Dondo proprietario da Chella Mining tem os seguintes projetos mineiros,Sociedade Mineira de Buco-Zau, e a Sociedade Mineira de Lufo, ambos situados em Cabinda, obtiveram duas licenças de prospeção e exploração de ouro na Área Protegida Transfronteiriça da Floresta de Mayombe

“A administração MPLA [que ocupa Cabinda desde 1975] está nas cidades e nos municípios e tudo o que está fora é controlado pela FLEC.

Eles (os militares) sabem que não podem entrar aí, eles não operam na cidade”, disse o dirigente do movimento separatista, acrescentando que os soldados “deixam material no chão” quando há escaramuças para evitar combater e perder a vida.

A FLEC anunciaram a morte de sete soldados e três cidadãos brasileiros em confrontos na zona de Belize, informação não confirmada pelas autoridades angolanas e brasileiras.

A FLEC adiantou que os brasileiros – alegadamente ao serviço da sociedade mineira do Lufo, pertencente à Chella Mining do grupo VMD (do empresário de origem brasileira Valdomiro Minoru Dondo) – morreram em resultado de confrontos numa estrada próxima da zona de mineração. “Iam escoltados pelos militares angolanos quando se dirigiam para a exploração”,

Estas escoltas militarizadas também servem para transportar minérios para a cidade de Cabinda, para depois seguirem para Luanda, e circulam naquela estrada a cada semana ou 15 dias. “Nós sabemos quando vêm, temos pessoal a trabalhar ali”, assegurou o mesmo responsável.

Os militares da resistencia das FLEC dizem que neste ataque a guerrilha recuperou material militar, ouro e diamantes confirmam a existência da mina naquele local: “estão numa zona de guerra Minouro Dondo sendo amigo nosso segundo ele afirmou em Paris quando foi a padrinhar o casamento do filho de Archer Mangueira no encontro secreto que manteve com um dos responsaveis militar da FLEC comandante da zona operacional Lufo Miconje, Manuel Almeida, já tinha sido prometido apoio em troca, de honrar um compromisso de não atacar nenhum dos seus interesses no território, essa proposta foi recusado pelo comandante Manuel Almeida, respondendo que Cabinda e a sua causa não é um negócio à venda, mas sim uma luta de resistência e diplomacia para obrigar o regime angolano a abandonar o território

Minoru Vladimiro Dondo, após ser informado do ataque da FLEC este mês, enviou emissários para Lisboa e Paris, para negociar um possível apoio ao grupo armado FLEC, continuando no mesmo ponto este empresário tem vindo a ganhar seus benefícios nesta guerra beneficiando com, bilhões em rios de dinheiro ganhando no território em guerra de Cabinda.

A comunidade internacional tem uma grande parcela de responsabilidade nesta situação: todos querem estar o melhor possível com o governo de Luanda, que se tornou extremamente rico e aproveita a competição por contratos e ajuda o mundo ocidental e os demais.

Fazendo, portanto, vista grossa ao que se passa num território que só interessa pelo seu petróleo, ouro e diamantes etc.

Enquanto os guerrilheiros não conseguirem desafiar a produção de petróleo, o governo de Luanda será capaz de apoiar facilmente o irredentismo de baixa intensidade.

Por outro lado, nunca conseguirá esmagar completamente a independência de Cabinda, que está profundamente enraizada na população.

Mas a redefinição do estatuto de Cabinda (independência, autonomia reforçada, simples regionalismo, etc.) só pode ser realizada no quadro da própria democratização de Angola: o regime actual de João Lourenço, claro, já não é na verdade o de um partido único unido esis um dos motivos que Minouro Dondo continuar fazendo as pazes com a FLEC,alegando que tem fusão completa de partido MPLA e poder estatal e presidencial fora de qualquer controlo.

Por causa do terceiro mandato que muitos negam no seio do MPLA sendo o desejo de João Lourenço permanecer no poder,caso houver guerra em Angola,em Cabinda em nada vou perder disse a nossa fonte citando Minouro Dondo.

Os próximos meses prometem ser ainda mais difíceis para os membros do MPLA, da fraca simpatia que o MPLA tem com sociedade civil cabindense e Angolana, tenho que a identidade cabindense,para nao perder os meus interesses em Cabinda.

O Jornal Maka Mavulo tentou contactar a VMD para saber a veracidade desta informação, através de formulário disponível no site, na ausência de números de telefone, mas não obteve resposta.

A FLEC insistem que há “guerra” no enclave o grupo anunciou a morte de sete soldados angolanos e três brasileiros em confrontos em Maiombe, mas o Governo do Brasil não confirma registo de mortes

Um comandante da FLEC , disse à emissora católica angolana Rádio Ecclesia que a presença de militares das Forças Armadas Angolanas (FAA) em Cabinda desmente as versões oficiais do governo angolano, que negam o conflito.

Por: Jornal Maka Mavulo News  e Pambo Ya Nzila

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