Os deputados da UNITA, no Cuanza-Norte, saudaram a medida tomada pela ministra da Educação, Luísa Maria Alves Grilo, de anular os resultados finais do concurso público realizado em Novembro do ano passado.

POR: A JUSTIÇA

Os testes foram anulados devido ao registo de diversas irregularidades no processo, como actos de corrupção, adulteração de resultados e classificações e atribuição de notas fraudulentas em mais de duzentos processos, dos 353 apurados para os diferentes níveis de ensino.

Em conferência de imprensa, concedida na última quarta-feira, o deputado e secretário provincial da UNITA, Francisco Fernandes, afirmou que o seu partido tem vindo a acompanhar com inquietação as reclamações e contestações sobre a lisura e justeza à volta dos múltiplos concursos públicos de acesso à função pública, sobretudo no sector da Educação.

O deputado exortou e encorajou as entidades competentes a prosseguirem com as investigações para apurar  e responsabilizar criminalmente os implicados.

A anulação das provas de admissão do concurso público da Educação no Cuanza-Norte levou à exoneração do director provincial da instituição, Manuel Miguel Lourenço, através de um despacho do então governador provincial, Pedro Makita Júlia. Foram também exonerados os directores municipais da Educação de Lucala, Golungo Alto, Quiculungo, Ngonguembo, Cambambe e Banga.

No presente concurso, a província do  Cuanza-Norte teve sete mil candidatos inscritos para 353 vagas, que deverão realizar um novo teste no dia 26 do corrente mês.

A UNITA julgou, ainda, imperioso encetar várias diligências, que culminou com a realização de um encontro com 50 candidatos, dos nove municípios do Cuanza-Norte, para aferir as situações ocorridas no processo que desembocou em anulação.

“A educação é, sem sombra de dúvida, a fonte da qual derivam todas as profissões e dela pode resultar o sucesso, estagnação ou retrocesso de qualquer sociedade”, disse o secretário provincial da UNITA, Francisco Fernandes.

No dia 11 do mês em curso, o concurso público foi anulado, através do despacho nº 46/2024, que alegava inúmeras irregularidades no processo.

O Ministério da Educação já anulou as provas das províncias do Bengo, em 2019, e do Cuando Cubango, em 2021, por registo de irregularidades. *Com Angop

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