O secretário-geral do Bloco Democrático (BD), Muata Sebastião, anunciou, em Luanda, que o partido tem registados, actualmente, em todo o território nacional, acima de 15 mil militantes devidamente cadastrados.

POR: A JUSTIÇA

Muata Sebastião fez a revelação à margem da realização da Assembleia Provincial Ordinária, ocorrida sábado último, no bairro Nova Vida, município de Kilamba Kiaxi, e que elegeu o secretário de Luanda do Bloco Democrático, Ary Campos, para os próximos quatro anos.

Sobre o processo eleitoral, disse que decorreu como o previsto e que Ary Campos ganhou com 82 votos a favor, dois nulos e dois brancos, assegurando que “os delegados escolheram a pessoa ideal para dirigir o partido na capital”.

Muata Sebastião disse, ainda, que o novo secretário provincial é formado em Direito, pessoa politicamente madura e com um percurso simbolicamente marcado no partido, tendo ressaltado que com ele irão relançar a agenda política em Luanda, intensificando as representações nos diversos municípios da capital.

Em declarações à imprensa, Ary Campos referiu que o partido está com um programa de recadastramento dos militantes e, entre Fevereiro e Março do próximo ano, terá concluído o balanço de quantos apoiantes mais ganhou, “porque, actualmente, o recadastramento aponta para 15 mil”.

“Levamos 12 meses para preparar essa Assembleia. Trabalhámos afincadamente nas bases, conseguimos viabilizar os nove municípios com representação, porque, para nós, Luanda é uma praça política muito importante, por ser a capital. Por isso, não deveria ser algo a desconsiderar”, justificou, acrescentando que Luanda veio com 70 delegados eleitos para a Assembleia Provincial por Municípios, com excepção do Icolo e Bengo e Quiçama.

Nesta vertente, Ary Campos afirmou que o que se pode esperar é muito trabalho, pois o partido defende causas: “O Bloco é um partido que tem como premissas a salvaguarda dos direitos sociais. São direitos dos cidadãos, direitos das pessoas. Então, o que se pode esperar é mais luta, para que determinados direitos sejam conquistados”.

O novo secretário provincial do Bloco Democrático referiu que o trabalho afincado constitui a maior preocupação da formação política, razão pela qual, defendeu, à semelhança dos sindicatos, um salário mínimo acima dos 250 mil kwanzas, de maneira a dignificar o esforço do operário angolano.

Para Ary Campos, o OGE aprovado não prevê um aumento significativo do salário e o impacto na vida dos funcionários públicos é praticamente nulo. “Somos aliados dos sindicatos. O direito à greve é um direito dos sindicatos, não é um direito do Bloco Democrático, como partido político. Mas, naturalmente, como um partido de causas e trabalhista, apoiamos a luta dos trabalhadores e todas as áreas que nós achamos que fazem sentido o apoio”.

O OGE, disse, tem como premissas as contas certas, mas não basta ter-se tudo certo, se as pessoas estão a passar fome. O que se pretende, acrescentou, é que os governantes entendam que devem tomar decisões com vista a salvaguardar, sobretudo, o pão na mesa dos angolanos.

O secretário provincial do Bloco Democrático desfez alguns equívocos, segundo os quais há determinados grupos em Angola que tentam passar a ideia de que não é possível pagar 250 mil kwanzas de salário mínimo. Sublinhou que é possível pagar acima deste montante: “porque os valores saídos do combate à corrupção podem suprir essa questão”.

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